Comovido

Por Antonio Fernandes


Não teria como não estar.


O governo de Israel pressiona os Estados Unidos para se juntarem numa guerra contra o Irã. O motivo? O programa de energia nuclear desenvolvido por aquele país. Os militares deixaram claro: Mesmo uma ação conjunta das duas potências não teria capacidade de impedir que os Iranianos desenvolvam a bomba, apenas adia-la; e mais, as perdas humanas de ambos os lados seriam catastróficas. 


A tensão entre as nações já vem a tempos, mas nunca estiveram tão próximas do perigo.


Visto isso, um publicitário qualquer, em Jerusalém, publicou no facebook uma frase que choca: "Iranians, we will never bomb your country; we love you!"


E foi aderido massivamente. O povo israelense se mobilizou pela paz. Eles gritam "não queremos guerra!" E gritam cada vez mais alto.


Do outro lado da fronteira, os iranianos responderam ao apelo, "Israeli peaple, the iranian peaple do not like any war with any country; we love you too!" E se mobilizam.


E a medida que crescem as tensões. Cresce o apelo dos dois lados da fronteira. "Não queremos nos matar! "Eles gritam. "Nos recusamos a morrer em sua guerra!" e "Não estamos prontos pra morrer!"


Um baixo-assinado em Israel pede aos pilotos da nação que se recusem a bombardear o outro país, no caso de receberem a ordem. 


É lindo. Comovente. Uma flor branca que se ergue num mar de tormentos. De atentados terroristas. De desastres e medo. E lá estão eles, se erguendo e gritando aos seus líderes que não querem lutar. Não querem morrer! Não querem derramar sangue por uma guerra que não é deles nem de ninguém. Uma guerra baseada em intolerância e preconceito que não devia existir. Dois povos indo contra aquilo que foram taxados pelo mundo.


E o que aprendemos com isso tudo? Que o povo israelense merece mais respeito do que demos a eles nos últimos tempos. Que o povo iraniano merece mais respeito do que demos a eles nos últimos tempos. Que 'Ahmadinejad' e 'Benjamin Netanyahu' deveriam se envergonhar, deixar de palhaçada e fazer as pazes. Como duas crianças brigam por uma garotinha, uma bola de futebol e uma discussão de ontem, eles discutem sobre jazidas de petróleo, tensões religiosas e péssimas relações históricas como se isso fosse importante: Não é. A ética, a boa convivência e um futuro de paz, é realmente importante.


E se depender daqueles cidadãos, a guerra milenar chegará ao fim. Finalmente os ventos apontam para a paz, e se Deus quiser, seja "Allah" ou "Jeováh", ela está por vir.

Amém.




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