A Queda de Gueffenia

Prefácil
Há muito, muito tempo, na época em que Juno, a cidade dos Sábios, ainda se encontrava pousada no solo, e a gloriosa Prontera não passava de um prado selvagem, existia uma bela e imponente cidade, no extremo oeste de Midgard. Glast Heim era seu nome, e lá vivia o rei dos Humanos e seus súditos. Glast Heim tinha a maior cavalaria de seu tempo, o mais luxuoso castelo e belos jardins. Ao leste da cidade dos Humanos, não muito longe dali, ficava Geffenia, a cidade dos Elfos, que eram um povo antigo e sábio, e conheciam a arte da magia arcana como ninguém. O rei dos Elfos e dos Humanos mantinham boas relações, mas em seu íntimo o rei dos Humanos invejava o poder mágico dos Elfos e todo o seu profundo e antigo conhecimento. Invejava, acima de tudo, a imortalidade intrínseca da raça élfica, e a queria para si de qualquer jeito. ( Prefácil tirado de Reencontro indesejado, primeiro paragrafo, capitulo 10, O mundo visto através de Olhos Vermelhos, por Tenko kitsune)
Geffenia, o Topo do mundo
A brisa soprava leve naquela manhã, um falcão planou no céu ao longe, as árvores balançavam ao som do vento, era um belo verão, o sol nascia nas montanhas distantes do leste, a muralha relusente da grande cidade Elfica, brilhava com potencia sem igual, Geffenia era seu nome, a cidade das torres mais altas, das ruas mais limpas, da raça mais nobre, construida com aliserces de ouro, paredes de prata, as ruas reluziam embreagadas de safiras, esmeraldas, entre outras preciosidades. Porém, aquela cidade, estava em silencio.
No alto da muralha, estava um elfo. Como todos de sua raça, possuia metro e noventa, seus cabelos loiros e longos amarrados decaiam pelas costas, e amassados pelo elmo, já estavao suados. Sua face era bela, como de todos de sua especie, belos olhos azuis tinha, olhos de aguia, profundos, serenos, e naquela manhã de verão, carregados de medo.
Em sua mão, uma bela vara de Yggdrasil, a arvore da vida, estava encordada, e com sua curvatura perfeita, era mortal. Um arco. A aljave de flechas balançava junto ao vento em suas costas, com belas penas de Grandpeco, as setas mediam cerca de um metro, pontas que perfuravam aço, nas mãos de um elfo, acertavam uma maçã a mais de um quilometro de distancia.
Aquela criatura magnifica trajada para a guerra, vestia uma cota de malha, botas, boas luvas de couro de lobo do deserto, uma espada balançava em sua cintura, roçando na pedra, quebrando o som do silencio.
O elfo olhava pela fresta da muralha, com medo, para o horizonte, não só ele, mas toda sua cidade...
Acima das muralhas, milhares de Elfos empunhavam seus arcos. escolhiam as melhores setas para fazer os estragos iniciais, no portão, os batalhões da infantaria se juntavam, afiavam o gume de suas espadas, machados, lanças, adagas, e diversas outras armas, pois naquele dia, eles iriam ter trabalho. Muito trabalho.
Do alto da torre de Gueffenia, no centro da cidade que fazia inveja em deuses, um elfo, Zacron, o Justo, olhava com aflição para seus iguais abaixo, ele sabia que aquele era o fim de sua raça, a guerra que separaria a primeira, da segunda era, a maior batalha de seu tempo, e no fundo, ele sabia que iriam perder.
E então ele viu, do alto das colinas distantes, as primeiras bandeiras, com os primeiros soldados, montados em belos Pecos, marchando, rumo a sua cidade, sua nação, sua casa, e ele, Zacron, o Rei dos elfos, a raça mais poderosa do mundo, nada poderia fazer...
Oitocentos mil humanos marchavam para oque, muitos sabios diziam, ser suicídio, eles esperavam matar a raça mais poderosa do mundo, vinham marchando com medo, medo de cada uma das setas daquelas criaturas de orelhas pontudas, medo de cada gume de espada daqueles aos quais haviam tratado como irmãos, medo, do futuro.
E do alto de sua torre, no topo do mundo, Zacron suspirou.
Os deuses rolaram os dados...
Que a guerra comece...


Por Antonio Fernandes



Comentários

Postagens mais visitadas