Legalização da Maconha

Por Antonio fernandes

As penitenciarias brasileiras conservam-se lotadas de detentos indiciados por porte de poucas quantidades da droga, muitos deles nem julgados foram ainda. A medida que o cerco ao usuário cresce, uma policia mau formada e induzida a produzir numeros agride-os indo contra os direitos humanos e do cidadão. Ao mesmo tempo a cannabis se torna cada vez mais cultural em meio a juventude universitária e até mais jovem, criando um fatal paradoxo inversamente proporcional: Quando mais se oprime, mais se consome. Punir é a melhor solução?
Um estudo produzido pela universidade de Bristol, uma conceituada universidade Britânica, nem mesmo chega a citar a cannabis sativa como uma droga perigosa. O mesmo acontece em estudos conduzidos pelas universidades de Cambridge(UK), Syracuse(US) e Sorbonne(FR). Apenas em Oxford ela chega a ser citada na 74¹ posição, estando atrás de substâncias como café, tabaco, remédios anti-depressivos e alcool. Ao contrário do que dizem algumas crendices populares, não existem danos reais ao cortex entorrinal (parte do cérebro responsável pela memória) e nem relativas incidências de câncer em usuários comuns (que consomem menos de 10g por semana) pelo fato de não ser carbono suficiente para afetar o pulmão, mesmo a longo prazo. Os mesmos estudos também indicam que os índices de vício da maconha se encontram atrelados aos do chocolate ou doces em geral, já que só viciam aquelas pessoas que tiverem problemas mentais substanciais, sendo relativamente fácil desvincular do vício mesmo usuários com frequência de uso altíssima.
A maconha nem mesmo chega a ser realmente perigosa, já que seus principais efeitos são o riso fácil, a hiper estimulação dos sentidos e o sono. Sua proibição vem principalmente das politicas conservadoras americanas da década de 20, que ao se espalhar pelo mundo, cria uma onda de proibições que persiste até hoje. É fácil se atrelar ao modo conservador e julgar situações sem as entendermos bem. Difícil mesmo é ficarmos abertos a novas percepções de mundo, crescimento e novos horizontes. Já passou da hora dela ser legalizada. Não para que se incentive o uso, mas para que se possa criar um mundo cada vez mais consciente e livre, onde todos respeitem o direito do outro de ser como bem entenderem.

Comentários

  1. Parabéns! Um texto muito bom.Vc foi direto,conciso.Não ficou no senso comum e tão pouco ficou no "achismo"

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