Vícios e Virtudes

Por Antonio Fernandes


Nós sempre nos julgamos certos. Sempre somos os bonzinhos. Sempre estamos do lado injustiçado. Incrivel não? Nosso ego é maior que nós mesmos, a ponto de sempre nos acharmos melhores que os outros, melhores que tudo e todos. Pesamos sempre a balança para o nosso lado.
A questão é que, num debate formal, ninguém nunca está certo. Por que afinal, o que é estar certo? Quem somos nós para decidir o que é a verdade? Em geral, quando se pega uma discussão, ambas as pessoas estão certas em parte, contudo, cada qual se acha dona da verdade absoluta, e briga por ela com unhas e dentes.
Em tudo que se vê, existe essa diferenciação. São os "Vícios e Virtudes" em Aristóteles. Numa balança, você possui um valor exato e perfeito no centro. Esse ponto exato é denominado "Virtude". Qualquer ponto, para ambos os lados dessa balança, seria um vício. Nem todas as balanças tem seu contra peso medido exatamente no centro, mas todas elas possuem um ponto exato de equilíbrio.
Quando se pega um debate, poderiamos analisar que ambas as pessoas são mentes distintas, com partes de uma verdade. A junção dessas verdades, leva ao ponto de equilíbrio. 
Em questão cultural, podemos ver isso claramente nas sociedades Oriental e Ocidental. O Ocidente, em toda a sua história, sempre foi dado aos vícios. Ve-se nas mesas de festa nórdicas, onde 20 a 30 pessoas se reuniam, para comer carne até passar mau, e beber cerveja a níveis elevados o suficiente para deixa-los inconscientes. No meio dessas festas, começavam brigas que não terminavam mais. Tudo em excesso.
Já o Oriente, uma região que sempre reverenciou mais a sabedoria, o ato de fazer tudo moderadamente foi sempre muito apreciado. A cultura oriental vem a milênios desenvolvendo o equilíbrio do corpo, da mente, da alma, das atitudes, tudo sempre em perfeita harmonia, com você mesmo, e com o mundo ao seu redor.
Mas, o ato de aproveitar a vida, passa exatamente pelos excessos. Quanto mais se arrisca, com mais intensidade se vive, é um dos modos mais entusiásticos de fazer a alma vir a tona, seja de qual maneira você crie essa intensidade.
Buscar o equilíbrio é a maneira mais inteligente de crescer, seja onde quer que se queira crescer.
Mas claro, não se esqueça, quem não corre riscos, não vive a vida em sua excelência ;D
Equilibre os equilíbrios com os desequilíbrios, e seja feliz (:





Comentários

Postagens mais visitadas